domingo, 2 de dezembro de 2007

21st Century Schizoid Man

Cats foot iron claw
Neuro-surgeons scream for more
At paranoias poison door.
Twenty first century schizoid man.

Blood rack barbed wire
Polititians funeral pyre
Innocents raped with napalm fire
Twenty first century schizoid man.

Death seed blind mans greed
Poets starving children bleed
Nothing hes got he really needs
Twenty first century schizoid man.


Apeteceu-me mudar o título, o Lynch e o Dick Laurent que me desculpem. :(

Um cheirinho dos originais:



E uma versão com japonesas sexies:


(Se não conhecem, googlem, minhas bestas ignorantes.)

Regresso ao calhau gigante labiríntico

Estradasphere foi gratificante. Valeu a espera, ocupada em ir buscar cerveja ao Petúlia, escondê-la no casaco - táticas ninjas para a beber longe da vista dos seguranças - e explorar a labiríntica Casa da Música. E rever caras conhecidas. E perder caras desconhecidas.

E agora algo completamente diferente:

sábado, 24 de novembro de 2007

Uma casa velha, sem sinalização do espaço à porta - é descoberta através do som que sai lá de dentro. Uma sala iluminada a candeeiro; enormes amplificadores rodeiam a bateria e restantes instrumentos. A mesa de merchandising a um canto; posters e tshirts revelam o estilo faça-você-mesmo. Uma entrada com o custo de 0€, agradecendo-se o donativo, recebido numa caixa de dvds, com um valor deixado ao critério de cada um. Duas bandas em digressão pela Europa, a partilhar o seu som e sem sinais de vedetismo.

Ainda vibra as memórias, o concerto de SUMA de quinta feira, dia 15 passado, na Casa Viva. A sonoridade da banda sueca reside no doom/sludge com laivos do "arrastamento" do drone à boa maneira dos Sunn O))). Os temas do excelente "Let The Churches Burn" tiveram uma representação ao vivo mais que digna, através do terramoto ensurdecedor dos amplificadores. A guitarra e o baixo pegavam o público literalmente pelas goelas, estremecendo cada corpo espectador. O vocalista com a sua subtil e não exagerada teatralidade enriquecia a entrega através duma lanterna – servindo igualmente como amplificador nalgumas vozes - com a qual improvisava um rudimentar mas eficaz jogo de luzes sobre o resto da banda. A hipnótica força e energia do baterista, castigando os seus tambores e pratos, completava o apocalipse sónico que abanou os alicerces da casa portuense. À violência do tema homónimo e de “Beef” contrastava a calma inicial e consequente explosão de “I Am The Spiritual Sheperd”.

A humildade da banda ficou patente no encore inesperado, pedido pelo satisfeito e insistente público que não permitiu a sua saída do “palco” – o baterista, dado o desgaste físico óbvio para quem lá esteve, teve mesmo de sair para repor forças durante esse intervalo. Mais ficaria patente na conversa com elementos da banda mais tarde. Através da compra de um poster e uma tshirt e de um acompanhante de concertos mais conversador e descarado que eu, tive oportunidade de trocar impressões com a banda, sobretudo com o vocalista que, entres outras curiosidades, nos revelou da origem da lanterna-amplificador antes referida, proveniente de uma loja para crianças.
Igualmente humildes e conversadores foram os elementos da banda de abertura croata Chang Ffos. Tal como a banda sueca, pude partilhar gostos e recomendações de bandas, além de descobrir mentalidades e aspectos da vida daqueles países. Banda esta que abriu da melhor maneira o serão, num registo ligeiramente mais directo da que se seguiria, mas também ela devastadora sonicamente.

Descubram estas bandas, valem a pena. Se não encontrarem-nas na Internet, contactem por aqui que o link para download lhes será fornecido (antes que agitem bandeiras contra a pirataria, as próprias bandas agradecem a sua “divulgação ilegal”).

Descubram também o espaço da Casa Viva. Saiam na estação de metro do Marquês e procurem um número 167, ao lado da igreja. Os concertos costumam ser gratuitos mas não se esqueçam, o donativo é merecido. Dado o horário habitual – das 7 e tal da tarde, cessando qualquer barulho por volta das 10 da noite – nada melhor para um princípio de noite.

domingo, 11 de novembro de 2007

Quando volto à terrinha vindo da cidade onde estudo, tenho o hábito de me por a ler a imprensa espalhada pela casa nas últimas semanas, já que não costumo ler jornais e revistas no dia-a-dia do Porto.
Folheava eu a revista Única do Expresso, de 20 de Outubro, - tão embelezada na capa pelas fuças do Miguel Sousa Tavares – quando me deparo com um texto, surpreendentemente escrito por um médico de nome Francisco Patrício, sobre homeopatia. Nele, alerta que os remédios homeopáticos devem ser administrados por alguém competente, com um mínimo de conhecimento médico – adquirido através de um curso de Medicina. Também refere, muito resumidamente – trata-se de um curto de artigo ocupando um terço de uma página -, um exemplo a reforçar a eficácia da terapia onde nos informa que apis numa diluição de C15 administrado a uma vítima de uma picada de abelha resulta num controlo imediato da reacção alérgica.
Ora, porque digo eu “surpreendentemente escrito por um médico”? Porque, apesar de recomendar que a homeopatia seja responsabilidade de alguém com formação em Medicina, parece que este próprio médico não a teve, nomeadamente na parte química. Tomemos o exemplo: uma diluição de C15 significa que pegamos numa substância e diluímos em água, sendo a razão de 1 parte da substância para 100 de água. Seguidamente agitamos e pegamos na solução e misturamos com mais água, sendo a razão a mesma, 1 parte de substância para 100 de água. Isto repetido 15 vezes. Que obtemos no final? 1 parte da substância por cada 1030 de água. Sim, é um 1 seguido de 30 zeros. É muito, mesmo muito. Já estou a ver o médico a tomar quantidades industriais de água para consumir uma única molécula de apis.
Os defensores da homeopatia defendem que isto não importa. Que os seus preparados homeopáticos não contêm remédio mas que a informação fica “gravada” na água. Retirado do site publicado no final do artigo do Express:

“O grande impulso da divulgação da Homeopatia no campo da investigação, deveu-se aos trabalhos de Jacques Benveniste com o célebre e polémico artigo publicado na revista Nature (vol.333 de 30/6/88) sob o título "Human basophil degranulation triggered by very dilute antiserum against IgE”, conhecido em Portugal pela designação de "A memória da água", publicado na revista do jornal Expresso de 1/10/88.”

O texto foi polémico precisamente por não ter bases científicas para as suas afirmações. Foi publicado, no entanto, com o propósito de fomentar o debate científico. Mas parece que os defensores da homeopatia gostam de referir este artigo como prova da eficácia da terapia. Aliás pode ler-se aqui:

“A notable controversy involved French immunologist Jacques Benveniste who in 1987 submitted a paper to the scientific journal Nature while working at INSERM. The paper purported to have discovered that basophils released histamine when exposed to a homeopathic dilution of anti-immunoglobulin E, a type of white blood cell. Nature, skeptical of the results, requested that the study be replicated in a separate laboratory under identical conditions. Upon replication in four separate laboratories the study was published. Still skeptical of the findings, Nature assembled an independent investigative team to determine the accuracy of the research. The team consisted of Nature editor and physicist Sir John Maddox, American scientific fraud investigator and chemist Walter Stewart, and skeptic and magician James Randi. After investigating the findings and methodology of the experiment, the team found that the experiments were "statistically ill-controlled", "interpretation has been clouded by the exclusion of measurements in conflict with the claim", and concluded "We believe that experimental data have been uncritically assessed and their imperfections inadequately reported."[111][112][113] James Randi stated that he doubted that there had been any conscious fraud, however he stated that the researchers had allowed "wishful thinking" to influence their interpretation of the data.[112]
Numerous health organizations such as UK's National Health Service,[14] the American Medical Association,[15] and the FASEB[114] also contend that there is no convincing scientific evidence that would support the use of homeopathic treatments in medicine.”

O que sabemos então? Não nem uma molécula nos pequenos frascos dos remédios homeopáticos, não há prova que a terapia seja mais eficaz que um placebo e ninguém prova a memória da água – propriedade que, a ser provada, revolucionaria toda a química desde as suas bases.
Como pode então haver médicos a defenderem a homeopatia? Serão pobres conhecimentos em química? Ou haverá interesses económicos? Que melhor ideia para negócio que vender água disfarçada de remédio?

sábado, 3 de novembro de 2007

A palavra aleatoriedade é utilizada para exprimir quebra de ordem, propósito, causa, ou previsibilidade em uma terminologia não científica. Um processo aleatório é o processo repetitivo cujo resultado não descreve um padrão determinístico, mas segue uma distribuição de probabilidade.

O termo aleatório é freqüentemente utilizado em estatística para designar uma propriedade estatística bem definida tal como um a quebra de uma neutralidade ou correlação.




Teorema da incompletude de Gödel, às vezes também designado por teoremas da indecidibilidade, é o nome atribuído a dois teoremas demonstrados por Kurt Gödel:

  • Teorema 1: "Se o conjunto axiomático de uma teoria é consistente, então nela existem teoremas que não podem ser demonstrados (ou negados)" e
  • Teorema 2: "Não existe procedimento construtivo que demonstre que uma tal teoria seja consistente".

A primeira proposição indica que a "completude" de uma teoria axiomática não pode ser alcançada; a segunda diz que não há garantia de que não surjam eventuais inconsistências (não afirma que elas existam - apenas não se pode decidir). A consistência só poderia ser demonstrada a partir de uma teoria mais geral, a qual necessitaria de outra ainda mais ampla e assim por diante, ad infinitum.

Essas duas proposições, aparentemente simples, tiveram profunda repercussão no pensamento científico da época.


Retirado do sítio do costume.